quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Superbloco não causa trauma nem racha, diz Temer que ainda vai conversar com Henrique.

O vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB-SP) não quer saber de crise com o PT antes do início do novo governo. Ele já manobra para aliviar a tensão criada entre os partidos depois que os peemedebistas da Câmara dos Deputados formaram um superbloco com outras quatro legendas (PR, PP, PTB e PSC) para pressionar o governo.

Temer conversou com a reportagem do site de VEJA pouco depois de tomar café da manhã com Dilma Rousseff na Granja do Torto. No encontro com a presidente eleita, o vice tentou amenizar o impacto a criação do grupo e prometeu convidar o PT para integrar o superbloco.

O senhor propôs a Dilma Rousseff a integração do PT ao superbloco?
Comentei com ela que iríamos conversar sobre isso e ver a melhor maneira de fazer essa integração. O bloco é um protocolo de intenções, é uma questão interna do parlamento. Não pode haver arranhão entre PT e PMDB. Estou dizendo isso em letras garrafais: não há nenhuma oposição ao governo ou racha no governo, até porque isso diz respeito apenas à atividade parlamentar.

Mas a formação do grupo não foi bem vista pelos petistas…
Eu já propus no passado que PT, PMDB e outros partidos estabelecessem quem ocuparia cada biênio na presidência da Câmara. Isso poderia pacificar essas relações. Mas não há nenhum trauma em relação a isso. Não há nenhum movimento de oposição ou de racha no governo.

Como será feito o convite ao PT?
Vou conversar com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, com o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), e com o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).

O senhor conversou com Dilma sobre a nomeação de ministros?
Até o dia 10 ou 15 de dezembro teremos a definição completa dos nomes. A equipe econômica será anunciada primeiro. Acertamos ainda que vamos conversar todos os dias e ficamos de equacionar a formação do governo.

O senhor apresentou a ela nomes de seu partido, como Moreira Franco?
O Moreira Franco é, sim, um nome forte. Mas são só especulações. Não há nenhum nome definido. Dilma me falou sobre sua intenção de aumentar o número de mulheres nos ministérios. O PMDB tem nomes de mulheres para indicar, mas ainda não há nada definido.

Da Veja Online

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